LÍNGUA PORTUGUESA
Por: Profº Elvys Milde da Silva
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Caro leitor, iniciamos nossa trajetória neste novo ano de 2020. Que possamos juntos aprender e discutir sobre Língua Portuguesa e Educação, áreas que são prioritárias para uma sociedade desenvolvida! Assim sendo, trabalharemos os temas:
- Gramática.
- Literatura.
- Interpretação textual.
- Redação.
- Vestibulares.
- Concursos.
- ENEM.
- Panoramas educacionais.
- História da Língua Portuguesa.
O IDIOMA PORTUGUÊS NO MUNDO
A Língua Portuguesa é falada em todos os continentes por cerca de duzentos milhões de pessoas. Poucos idiomas desfrutam de tão privilegiada posição.
Das línguas neolatinas foi a primeira a expandir-se fora do continente europeu. Acompanhando as caravelas dos conquistadores lusitanos dos séculos XV e XVI, ela implantou-se em todas as partes do mundo. Entretanto, levada para terras tão distantes, a língua portuguesa, em contato com a cultura dos povos aborígenes, sofreu inevitáveis alterações, de que resultaram falares regionais ou dialetos.
Atualmente o português é a língua oficial de oito países, ditos lusófonos: Portugal (incluídos os Açores e a Ilha da Madeira), Brasil, Angola, Moçambique, Guiné – Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o Timor Leste, que conquistou sua independência em 1999, tornando-se o oitavo país lusófono.
Dialetos com raízes no português são falados em ex-colônias e possessões lusitanas da Ásia, como Diu, Damão, Goa, todas as três da Índia, Macau, na China, e Timor Leste, na Oceania.
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ACORDO ORTOGRÁFICO – VAMOS RELEMBRAR!
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1.Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico – anti-histórico, co-herdeiro. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial anteontem. Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça. Atenção – com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice- almirante etc.
Fonte: Guia Prático da Nova Ortografia (Michaelis)
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PORTUGUÊS NO COTIDIANO
1. Deixou-me triste essas notícias.
Faça a concordância adequada:
– Deixaram-me triste essas notícias.
Cuidado, é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito:
– Foram iniciadas (e não “foi iniciado”) ontem as obras.
– Foram abertas (e não “foi aberta”) as inscrições para o curso.
2. Os Estados Unidos “invadiu” o Iraque.
Nome geográfico precedido de artigo no plural leva o verbo para o plural:
– Os EUA invadiram o Iraque.
– Os Andes cortam a América do Sul.
– Os Alpes são uma cordilheira.
– As Ilhas Salomão ficam no sudoeste da Oceania.
3. A festa começou ao meio-dia e “meio”.
Na verdade, começou ao meio-dia e meia. Por quê? Porque se trata de meio-dia mais meia hora:
– A festa começou ao meio-dia e meia.
4. Deixei “ele” no serviço.
Os gramáticos condenam o uso de eu, tu, ele, nós, vós e eles (pronomes do caso reto) como objetos diretos. Então:
– Deixei-o (ele) no serviço.
– Viu-a (ela) na festa.
– Mande-os (eles) voltar.
– Encontrou-nos (nós) no lugar marcado.
5. Está tudo certo entre “eu” e você.
Depois de preposição, usa-se mim ou ti:
– Está tudo certo entre mim e você. — Está tudo certo entre ti e eles.
Fonte: Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa (Eduardo Martins).
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PORTUGUÊS COORPORATIVO
PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE FRASES!
1. Ambiguidade: Frases ambíguas apresentam mais de um sentido, devendo ser evitadas em textos que deveriam primar pela clareza e precisão. Para evitar a ambiguidade, observe:
>>> As palavras que indicam posse. Exemplo:
– O vice-presidente discutiu com o diretor o seu descontentamento com a aprovação do projeto.
Análise do caso – O descontentamento é do vice-presidente ou do diretor? Para que o sentido fique claro, o pronome deve ser eliminado.
– O vice-presidente, descontente com a aprovação do projeto, discutiu o assunto com o diretor.
– O vice-presidente discutiu com o diretor o descontentamento deste com a aprovação do projeto.
>>> A posição do adjunto adverbial. Exemplo:
– A comissão que estava examinando o caso ontem deu seu parecer.
Análise do caso – Ontem foi examinado o caso ou dado o parecer?
– A comissão que ontem estava examinando o caso deu seu parecer.
– A comissão que estava examinando o caso deu seu parecer ontem.
>>> As palavras que limitam uma ideia. Exemplo:
– Com uma máquina apenas realizarão parte do serviço.
>>> Análise do caso – Apenas uma máquina ou apenas parte do serviço?
– Com apenas uma máquina realizarão parte do serviço.
– Com uma máquina realizarão apenas parte do serviço.
>>> Na linguagem publicitária, muitas vezes são colocados jogos de palavras com duplo sentido pela intenção e criatividade do emissor em enriquecer o texto. Exemplo:
– Motor mal-educado: você pisa; ele responde. (propaganda de fábrica automobilística)
– Alguém quer você voando. (propaganda de companhia aérea)
Fonte: Livro – Português Coorporativo (Rosângela Cremaschi)
O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER EM UMA DISSERTAÇÃO
1. Jamais use gírias em sua dissertação: as gírias são um meio de expressão perfeitamente aceitável em certos momentos de textos narrativos, em especial nos diálogos travados por alguns personagens. Tornam-se, entretanto, completamente inadequadas quando usadas em uma dissertação. Esta modalidade de redação pressupõe uma linguagem formal, não necessariamente erudita, mas pelo menos bem elaborada.
2. Não utilize provérbios ou ditos populares: uma dissertação costuma ser prejudicada pela má utilização de frases feitas, provérbios e ditos populares. Eles empobrecem a redação; fazem parecer que seu autor não tem criatividade, pois lança mão de formas de expressão já batidas pelo uso frequente.
3. Nunca se inclua em sua dissertação (principalmente para contar fatos de sua vida particular). Dissertar é analisar um assunto proposto, emitindo opiniões gerais. Deve ser feito de modo impessoal e com total objetividade. Essa visão imparcial se pode quando o autor confunde a problemática que está analisando com os problemas particulares que possa ter.
4. Não utilize sua dissertação para propagar doutrinas religiosas: a religião, qualquer que seja ela, é uma questão de fé; a dissertação, por sua vez, é uma questão de argumentação, a qual se baseia na lógica. São, portanto, duas áreas situadas em diferentes planos. Não há como argumentar de modo convincente com base em dogmas religiosos; os preceitos da fé independem de provas ou evidências constatarias. Torna-se, assim, completamente descabido fundamentar qualquer tema dissertativo em ideias que se situem em um plano que transcende a razão.
5. Jamais analise os temas propostos movido por emoções exageradas. Existem, sem dúvida, alguns temas dissertativos que envolvem a análise de assuntos dramáticos, os quais comumente causam revolta e indignação pela própria gravidade de sua natureza. Porém, por mais revoltante que se mostre o assunto tratado, ele deve ser abordado, em uma dissertação, de modo, se não imparcial, pelo menos comedido.
Fonte: Livro: Técnicas Básicas de Redação (Branca Granatic)
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REDAÇÃO PARA CONCURSO
O que é texto?
* Texto é um enunciado de sentido completo.
Qualidade do texto:
Simplicidade: livre-se das construções pouco usuais, não queira impressionar. Esta pode ser considerada a qualidade síntese porque representa o ideal para comunicação efetiva com o leitor;
Clareza: ponha-se no lugar do leitor: ele vai entender o que você escreveu?
Objetividade: vá direto ao ponto, não faça rodeios com o raciocínio;
Concisão: economize palavras: se pode dizer com uma, não utilize duas;
Organização: estruture a redação em começo, meio e fim: ajude o leitor a acompanhar a linha de raciocínio;
Correção gramatical: evite até mesmo os erros que não estejam prejudicando o entendimento da mensagem porque são prejudiciais à aceitação do texto: o autor que comete erros gramaticais perde a credibilidade.
Coesão: é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
Coerência textual: é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto.
Lembre-se:
* O texto deve ser adequado ao leitor.
* O destinatário na prova é, em geral, o leitor médio ou intermediário.
* Não há necessidade de dom especial para sair-se bem numa prova de concurso. Em geral, a redação deve trazer a posição do candidato. É preciso utilizar o espírito crítico, ter método e disciplina e treinar bastante.
Fonte: Livro – Escrever e Passar (Everardo Leitão)
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ERROS FREQUENTES NA LÍNGUA PORTUGUESA
Conheça alguns erros frequentes no cotidiano:
- À prazo/ A prazo:
Erro: Vamos vender à prazo
Forma correta: Vamos vender a prazo.
Explicação: Não se usa crase antes de palavra masculina.
- Adequa/ adequada:
Erro: O móvel não se adequa à sala
Forma correta: O móvel não é adequado à sala.
Explicação: Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não se conjuga em todas
as pessoas e tempos. No presente do indicativo são conjugadas apenas
primeira e a segunda pessoa do plural (nós adequamos, vós adequais).
- Caiu em/ caiu:
Erro: O lucro caiu em 5%.
Forma correta: O lucro caiu 5%.
Explicação: O verbo cair, assim como aumentar e diminuir, não admite a
preposição “em”. E no sentido de descer, ir ao chão, ser demitido, o verbo cair
é intransitivo.
- Consiste de/ consiste em:
Erro: A seleção consiste de duas etapas.
Forma correta: A seleção consiste em duas etapas.
Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento regido da preposição ‘em’.
- Da onde/ de onde:
Erro: Curitiba é a cidade da onde vieram nossos professores.
Forma correta: Curitiba é a cidade de onde vieram nossos professores.
Explicação: A forma de onde indica origem. Não existe a forma “da onde”.
6. A cores/ em cores:
Erro: O material da aula será a cores
Forma correta: O material da aula será em cores
Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer
material em cores.
7. A pouco/ há pouco:
Erro: O Professor chegará daqui há pouco.
Forma correta: O Professor chegará daqui a pouco.
Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, a ideia é de futuro.
8. Chove/ chovem:
Erro: Chove emails com sugestões aos Professores.
Forma correta: Chovem emails com sugestões aos Professores.
Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre o singular. Mas no sentido figurado, como acontece acima, flexiona-se normalmente.
9. Debitou na/ debitou à:
Erro: O banco debitou na minha conta a taxa.
Forma correta: O banco debitou à minha conta a taxa.
Explicação: quem debita, debita a.
10. Dispor/dispuser:
Erro: Se ele dispor de tempo, poderá atende-lo em breve.
Forma correta: Se ele dispuser de tempo, poderá atende-lo em breve.
Explicação: A conjugação correta do verbo dispor na terceira pessoa do
singular no futuro do pretérito é se ele dispuser. A conjugação acompanha a do verbo pôr.
11. A vista/ à vista:
Erro: O pagamento foi feito a vista.
Forma correta: O pagamento foi feito à vista.
Explicação: Ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas.
Exemplos: à noite, à tarde, à venda, às escondidas e à vista.
12. Às micro/ às micros:
Erro: O pacote de tributos refere-se às micro e pequenas empresas
Forma correta: O pacote de tributos refere-se às micros e pequenas empresas.
Explicação: Por se tratar de adjetivo, micro é variável e por isso deve ser grafada no plural quando for o caso.
13. Consiste de/ consiste em:
Erro: A seleção consiste de cinco etapas.
Forma correta: A seleção consiste em cinco etapas.
Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento regido da preposição em.
14. Daqui/ daqui a:
Erro: Farei o pagamento daqui 5 dias.
Forma correta: Farei o pagamento daqui a 5 dias.
Explicação: o advérbio daqui é usado para indicar lugar ou tempo e pede a preposição a.
15. Fazem /faz:
Erro: Fazem oito semanas que fui promovida.
Forma correta: Faz oito semanas que fui promovida.
Explicação: Verbo fazer quando sinaliza tempo que passou fica na 3ª pessoa do singular.
Fonte: Revista Exame (100 Erros do Mundo Corporativo)
OUTROS ERROS FREQUENTES NO COTIDIANO DA LÍNGUA PORTUGUESA
1. Houveram muitos desentendimentos ou houve muitos desentendimentos?
* Quando ao verbo haver for atribuído o sentido de existir ou acontecer, ele é impessoal, isto é, sem sujeito, portanto só pode ser usado no singular. O correto é “houve muitos problemas”.
2. Depredar a sala de aula ou apedrejar a sala de aula?
* Acredite, as duas palavras não são sinônimos, embora possam confundir muitos falantes. Depredar é o ato de destruir algo, enquanto apedrejar é o ato de jogar pedras. Portanto, as duas expressões são possíveis, cada qual em seu devido lugar.
3. Dica importante: – A champanhe/ o champanhe:
Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.
Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos.
FONTE: Mundo Educação / Português.com.br
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CONTINUAÇÃO DE ERROS FREQUENTES NA LÍNGUA PORTUGUESA
1. Zero horas/ zero hora:
Erro: O novo modelo entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: O novo modelo entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.
Explicação: O adjetivo composto zero-quilômetro é invariável (não flexiona/muda).
2. Somos em/ somos:
Erro: Na escola, somos em cinco professores.
Forma correta: Na escola, somos cinco professores.
Explicação: Não há necessidade de empregar a preposição “em”.
3. Penalizado/ punido:
Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.
Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.
Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir.
4. A grosso modo/ grosso modo:
Erro: O que quero dizer, a grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.
Forma correta: O que quero dizer, grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.
Explicação: A expressão é “grosso modo”, sem a preposição a.
5. Em mãos/ em mão:
Erro: O envelope deve ser entregue em mãos.
Forma correta: O envelope deve ser entregue em mão.
Explicação: Ninguém escreve a mãos, nem fica em pés. O correto é em mão, cuja abreviatura é E. M.
Fonte: Revista Exame (100 erros de português frequentes no mundo corporativo)
CONCURSOS PÚBLICOS
Comentários e questionamentos de concurseiros
Quanto tempo posso levar para passar em um concurso público?
O tempo, embora relativo, é algo que flui e não volta. Oportunidades não podem ser desperdiçadas, e por isso o concurseiro precisa afastar de si a ideia equivocada de que ele terá “tempo suficiente” para investir no preparo e, consequentemente, ser aprovado em qualquer concurso que seja de seu interesse. Uma vez que não podemos prever o futuro, não sabemos se o tempo que ingenuamente julgamos estar sob nosso controle será, de fato, usufruído de forma que imaginamos.
Assim, o concurseiro prudente precisa analisar duas coisas: uma é que não existe um “tempo ideal” de aprovação; a outra é que ele não pode perder seu precioso tempo com algo supérfluo e que não colabore com o seu investimento por uma carreira melhor. A aprovação virá para quem for persistente, e esta pode demorar meses ou até muitos anos. Para verificar, entretanto, se está indo na rota correta para a investidura, o concurseiro sério precisa refletir sobre algumas perguntas:
>>> Como tenho usado os meus recursos, especialmente meu tempo disponível?
>>> Tenho estudado com coerência, munindo-se de um bom material e de técnicas apropriadas de retenção do conteúdo, memorização e prática de exercícios?
>>> Tenho procurado avaliar meu próprio desempenho, periodicamente?
>>> Tenho procurado afastar deflagradores de um mau desempenho, como problemas de saúde, de relacionamentos próximos ou de falta de disciplinas?
>>> Será que estou sendo objetivo no meu preparo e emprego de forças, ou estou “atirando para todos os lados”?
>>> Como tenho lidado como as cobranças, internas ou externas, em relação a mim? Será que estou mais propenso a buscar a satisfação alheia com o meu resultado do que a minha própria?
>>> Que ânimo, esperança e convicção eu tenho exercido para me preparar convenientemente e nunca perder a convicção de que um dia vou conseguir a tão esperada aprovação e investidura em cargo público?
Fonte: 100 Respostas do Concurseiro Solitário – Para as perguntas que não querem calar (Campus Concursos / Elsevier)
CURIOSIDADES DAS PALAVRAS
Conheça algumas curiosidades de vocabulários da Língua Portuguesa. Acompanhe:
1. Arranca-rabo:
“Arranca-rabo” é uma discussão, uma briga de muitas pessoas. Antigamente, nas batalhas, arrancar o rabo do cavalo inimigo era uma façanha extraordinária. Um oficial do faraó Tutmés III (1504-1450 a.C) se orgulhava tanto de ter cortado a cauda da montaria do rei inimigo que a proeza ficou inscrita no seu epitáfio.
A mania chegou a Portugal e ao Brasil. Por aqui, virou prática de cangaceiros, que descaudavam os gados das fazendas para humilhar os proprietários. Vitorino Carneiro da Cunha, parente do escritor José Lins do Rêgo, ficou conhecido como “Papa-rabo” por ter mandado cortar a cauda do cavalo. Pelo menos, era essa a explicação que ele dava à mulher.
2. Dar de mão beijada:
Nas cerimônias de beija-mão, súditos e mortais beijavam as mãos de papas e soberanos em sinal de reverência e homenagem (os vassalos beijavam as mãos dos senhores feudais a cada mudança de feudo ou na
renovação do arrendamento).
Nessas cerimônias, os fiéis mais ricos buscavam a graça e o reconhecimento de sua distinção, oferecendo terras e outras propriedades ao homenageado. Eram bens dados de mão beijada.
3. Dar na telha:
Como a telha se acha na parte superior da casa, foi inevitável sua comparação com a cabeça, o topo do corpo humano. Assim, ter uma telha de menos é ser meio doido e dar na telha é ter um impulso repentino, uma cisma.
4. Lágrimas de crocodilo:
Chorar lágrimas de crocodilo é manifestar cinicamente um pesar falso. A origem da expressão tem três versões, o leitor elege a sua:
Primeira: Segundo o historiador romano Plínio, o Velho, (23-79) os crocodilos das margens do Nilo ruidosamente choravam e manifestavam desespero para atrair a atenção e despertar a compaixão dos passantes, que se aproximavam e eram devorados.
Segunda: Uma lenda medieval dizia que o crocodilo chorava após devorar alguém.
Terceira: Quando o crocodilo mastiga um alimento (uma vítima), faz uma forte pressão contra o céu da boca e comprime as glândulas lacrimais.
5. Pé de chumbo:
Pé de chumbo é um indivíduo grosseiro, pesadão, que não progride na vida. Também é sinônimo de galego, um brasileirismo depreciativo do português. E aí é que estaria a origem da expressão. Dizem que D.Pedro I, ainda príncipe regente, mandou formar a guarda portuguesa e mandou que dessem um passo à frente os que estariam dispostos a apoiar a causa da independência do Brasil. Poucos avançaram. D. Pedro I então se virou para os que não se moveram e fulminou, com a elegância de um príncipe regente:
– Pés de chumbo!
Surgiu até uma quadrinha popular:
Ô galego, pé de chumbo,
Calcanhar de frigideira,
Quem te deu a confiança
De casar com brasileira?
6. Pé-de-meia:
É o dinheiro guardado para uma eventualidade ou com um objetivo específico. A expressão veio do costume, entre os pobres na Europa, de usar um velho pé de meia como cofre para guardar economias.
7. Pé-direito:
É a altura entre o piso e o teto. Essa acepção veio do sentido original da palavra: coluna que sustenta um arco, uma abóboda. Com sentido equivalente, existe o francês pied-droit e o italiano piedritto. Pé (do latim pede, pé) aí tem o sentido de elemento de apoio (do teto), como em pé de mesa, pé da cadeira, pé do copo. E direito (do latim directu, reto, que segue em linha reta, que obedece às regras) significa vertical, aprumado, reto. Em francês, o ângulo reto é chamado angle droit, ângulo direito.
8. Catupiry:
Do tupi-guarani catupiry, excelente. O Catupiry é brasileiríssimo. Foi criado, em 1911, pelo imigrante italiano Mário Silvestrine, na estância hidromineral de Lambari, em Minas Gerais. Estâncias hidrominerais são tradicionais redutos geriátricos. Assim, não foi difícil para o Sr. Silvestrine conquistar adeptos para seu queijo cremoso e suave.
9.Colchão:
Na sua origem, colchão é o aumentativo de colcha. Antigamente se usava uma colcha mais grossa sobre o estrado da cama. Com o tempo, o colchão foi engordando até ganhar sua forma atual.
10.Detetive:
Detetive – detective – veio do inglês detective, formado do verbo to detect, do latim detectus, particípio do verbo detegere, descobrir, desvendar. Ou seja, detetive é o que detecta.
11.Enfermo:
Do latim infirmu, palavra formada com o sentido de não firme (in+firmu). De enfermo vieram enfermeiro, enfermaria e outros derivados.
12.Evangelho:
Do latim evangeliu, que veio do grego evangélion, boa mensagem (a vinda de Cristo) – formado de eu (bem) + angelos (mensageiro, notícia). O grego angelos, mensageiro (da palavra de Deus), deu no latim angelu que originou o português anjo.
13.Fila Indiana:
Não, nada a ver com a Índia. A fila indiana (as pessoas umas atrás das outras) era a formação que os índios da América caminhavam pelas florestas.
Fonte: A casa da mãe Joana 1 e 2 (Reinaldo Pimenta)
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DÚVIDAS DO PORTUGUÊS
Conheça sobre algumas dúvidas frequentes na Língua Portuguesa:
1. BEM-VINDO/BENVINDO:
A primeira forma, grafada com hífen, é um adjetivo composto. Exemplo:
– Bem-vindos os poetas, os músicos e todos os demais artistas.
– Bem-vinda a mulher que luta por seus ideais.
A segunda forma é nome próprio, assim como Benvinda. Devem ser grafadas sempre com inicial maiúscula.
2. BENEFICENTE / BENEFICÊNCIA:
Atenção com a grafia e pronúncia destas palavras: beneficente, beneficência e não beneficiente e beneficiência.
3. BUXO / BUCHO:
Buxo é um pequeno arbusto. Bucho é o estômago de mamíferos e peixes. Em sentido figurado, é empregado para designar mulher muito feia. Os pratos da culinária brasileira que utilizam o estômago de certos animais são chamados de buchada.
4. CEGAR / SEGAR:
Cegar é “tirar a vista de”, “privar alguém do sentido da visão”. Também é empregado com o sentido de “perder a razão” (cegar de raiva). Segar provém do latim (secare=cortar) e significa “cortar”, “acabar com”.
5. CHÁCARA/XÁCARA:
Chácara é pequena propriedade campestre. Xácara é uma narrativa popular em versos.
6. COSER / COZER:
Coser significa “costurar”. Cozer significa “cozinhar”. Exemplo: A costureira cosia as roupas, enquanto a cozinheira cozia os alimentos.
7. EMINENTE / IMINENTE:
Eminente significa “alto”, “que excede os outros”. Exemplo:
– Dirigiu a palavra ao eminente deputado autor do projeto.
Iminente é “o que está prestes a ocorrer”. Exenplo:
– Naquela região o perigo de uma guerra é iminente.
8. ENFARTE / ENFARTO / INFARTO:
Admitem-se três grafias distintas: enfarte, enfarto e infarto.
9. ESTÁTICO / EXTÁTICO:
Estático significa “imóvel”, “parado”. Exemplo:
– Depois do susto permaneceu estático no local onde estava.
Extático significa “posto com êxtase”, “absorto”. Exemplo:
– Os olhos extáticos daquela mulher causavam inveja em qualquer um.
10. ESTRATO / EXTRATO:
Estrato significa “camada”. Exemplo:
– O corte do terreno revelou vários estratos.
Extrato é “aquilo que se extraiu de”. Exemplo:
– Extrato bancário, extrato de tomate, etc.
11. POR SI SÓ / POR SI SÓS:
Nas expressões por si só e por si sós a palavra só é adjetivo e, portanto, deve ser flexionada, concordando com o nome a que se refere. Exemplo:
– Ele resolveu por si só o problema.
– Eles resolveram por si sós o problema.
O mesmo ocorre com as expressões por si mesmo, por si próprio. Exemplo:
– O técnico atribui a si mesmo (ou a si próprio) a derrota.
– Os jogadores atribuíram a si mesmos (ou a si próprios) a derrota.
12. RECEDENTE / PROCEDENTE:
Precedente é sinônimo de “antecedente”, refere-se sempre a uma situação de “anterioridade”. Exemplo:
– Era um rapaz de bons precedentes.
– Evidentemente, D. Pedro I precedeu D. Pedro II no trono brasileiro.
Procedente é sinônimo de “oriundo”, “proveniente”; também pode ser empregado como sinônimo de “consequente”, “lógico”, “concludente”. Exemplo:
– Os retirantes eram procedentes do sertão de Alagoas.
– Considerou os argumentos procedentes.
13. TINHA CHEGADO:
O particípio do verbo chegar é chegado. Não existe a forma chego. Exemplo:
– Ele tinha chegado a São Paulo de ônibus.
14. PAULISTA/PAULISTANO:
Paulista é o adjetivo referente ao estado de São Paulo. Paulistano refere-se à cidade de São Paulo.
15. PERCENTAGEM/PORCENTAGEM:
As duas formas são corretas e equivalentes. Percentagem é uma forma erudita, que mantém a grafia da expressão latina per centum (“por cento”). Porcentagem é uma forma aportuguesada. Exemplo:
– A percentagem (ou porcentagem) de alunos reprovados aumentou muito
16. PÓS/PRÉ:
Os prefixos pós (posteridade) e pré (anterioridade), quando forem tônicos, isto é, possuírem acentuação própria, devem vir separados da palavra seguinte por hífen. Exemplo:
– No período pós-operatório devemos tomar cuidado com a alimentação.
– Lúcia era pós-graduada em Filosofia.
– Hoje em dia é muito comum o uso de cheques pré-datados.
Evidentemente, quando tais prefixos forem átonos, isto é, não possuírem acentuação própria, não devem vir reparados por hífen. Exemplo:
– No posfácio do livro encontrou observações importantes.
– Haviam prenunciado a chegada do cometa.
– Alguns alimentos devem ser servidos em pratos preaquecidos.
17. PRA:
Pra é forma reduzida da preposição para, que é um dissílabo átono. Portanto também não deve receber acento gráfico.
Fonte: 1001 Dúvidas de Português (José de Nicola e Ernani Terra)
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DICAS SOBRE A UTILIZAÇÃO DA VÍRGULA
A utilização de vírgula faz todo o sentido num texto, porém, é comum a ausência dela, dificultando a compreensão e a interpretação da mensagem. Além disso, a vírgula separa e torna mais fácil a leitura de qualquer documento. Vejamos algumas situações em que a vírgula deve ser usada.
- Isolar o vocativo (evoca, chama o termo). Exemplo:
– José, venha cá.
– Joana, vá estudar.
- Isolar aposto (termo que explica o anterior). Exemplo:
– Elvys, professor de Língua Portuguesa, é bonitão.
– Monteiro Lobato, criador de histórias infantis, é muito famoso.
- Isolar datas e endereços. Exemplo:
– Rio Negrinho, 18 de maio de 2020.
– São Paulo, 13 de novembro 2019.
– Rua do Seminário, 189.
– Rua das Acácias, 200.
- Elementos de enumeração. Exemplo:
– Fui ao shopping comprar um tênis, meias, calças, camisetas, gravatas e cuecas.
- Separar orações coordenadas assindéticas (vários orações, sem conjunção). Exemplo:
– Barnabé falou, José cantou, Joana berrou.
- Isolar elipses (termo que já citei e não quero repetir). Exemplo:
– PARA EVITAR A REPETIÇÃO DE “FALA” – Elvys fala Português e João, Inglês.
– PARA EVITAR A REPETIÇÃO DE “ESTUDA” – Gabriel estuda Matemática e José, Geografia.
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Curiosidades nas origens das palavras
Balé:
Do francês ballet, que veio do italiano balleto, diminutivo de baillo, baile. O que, aliás, faz todo o sentido: o balé nada mais é que um baile de poucos visto por muitos. Se a plateia trocar de lugar com os bailarinos, aí sim, vira baile.
Bambambã:
Bamba veio do quimbundo (língua de tribos africanas) mbamba, exímio, mestre. A repetição enfática da palavra (bamba, bamba) gerou bambambã para designar quem é muito bamba numa atividade, mesmo que não seja percussionista.
Berlinda:
Berlinda é um pequeno coche de quatro rodas. A palavra veio do francês berline, do nome da cidade de Berlim, onde o veículo entrou na moda no século XVII. Berline deveria dar, em português, berlina, mas ficou berlinda por influência de “linda”. E a expressão estar na berlinda (ser alvo de comentários)? Nada a ver com o coche. Berlinda aí veio do italiano berlinda, zombaria.
Bina:
O identificador de chamadas telefônicas é coisa nossa, saiu do Brasil para o mundo. Foi inventado pelo mineiro Nélio José Nicolai. O primeiro aparelho comercializado se chamou BINA 82 e foi lançado em Brasília em 1982. BINA foi formado de B Identifica Número A.
Brechó:
O mercador de objetos velhos e usados ganhou no Brasil o nome de belchior, porque assim se chamava o primeiro comerciante a estabelecer uma loja de compra e venda de roupas e objetos usados. Foi no Rio de Janeiro, no final do século XIX. Depois, boca do povo achou a pronúncia do nome muito complicada, e belchior ganhou a forma popular de brechó.
Fonte: A casa da mãe Joana 1 e 2 (Reinaldo Pimenta)
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ESTUDO DOS PORQUÊS
POR QUE – SEPARADO E SEM ACENTO:
Em frases interrogativas (diretas/indiretas): Ex:
– POR QUE ELE NÃO ESTUDOU? – direta.
– PESSOAL, EU NÃO SEI POR QUE ELE NÃO ESTUDOU – indireta (pergunta implícita).
EM SUBSTITUIÇÃO – PELA QUAL. Ex:
– As escolas por que passamos eram arrumadas.
– As escolas pelas quais passamos eram arrumadas.
PORQUE – JUNTO/SEM ACENTO:
É UMA CONJUNÇÃO (COMO CONJUNÇÃO, VAI LIGAR DUAS ORAÇÕES). Ex:
– Não fui à escola porque choveu (Oração 01: Não fui à escola / oração 02: choveu).
POR QUÊ – SEPARADO/COM ACENTO:
No final de frases. Ex:
– Elas estão estudando por quê?
– Eles estão correndo por quê?
PORQUÊ – JUNTO/COM ACENTO:
Como substantivo: (o – artigo). Ex:
– Todos sabem o porquê de seus estudos.
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ESTUDO DA CRASE
* Ocorre com a preposição A + o artigo A. Resumindo: para ter crase, tem que ter preposição. Só uso crase com palavras femininas.
PRIMEIRA REGRA
Troca palavra feminina por outra masculina – se ficar coerente, vai crase. Exemplo:
- Maria voltou a cidade natal.
– Cidade – feminina.
– Troca por país – masculina.
– Maria voltou ao país natal – DEU CERTO, VAI CRASE!
– Maria voltou à cidade natal.
- Os livros foram apresentados a delegada.
– Delegada – feminina.
– Troca por delegado – masculina.
– Os livros foram apresentados ao delegado – DEU CERTO, VAI CRASE!
– Os livros foram apresentados à delegada.
Vejamos alguns nomes geográficos – países, lugares…
- Foi a França.
– Troca o A por para A.
– Foi para a França – DEU CERTO, VAI CRASE!
Tenho preposição + artigo.
- Foi à França.
Alguns casos que não tem!
- Fui a Recife.
– Fui para a Recife – CONSTRUÇÃO INCOERENTE.
- Fui a Curitiba.
Fui para a Curitiba – CONSTRUÇÃO INCOERENTE.
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Substantivo
Substantivo é a palavra com a qual designamos ou nomeamos os seres em geral, e esse conceito de seres deve incluir os nomes de pessoas, lugares, instituições, grupos ou indivíduos, entidades de natureza espiritual ou mitológica e de uma espécie.
Nomes próprios: Elvys, Valderi, Marlene.
Coisas: cadeira, caderno, penal.
Lugares: São Paulo, Rio Negrinho, Rio de Janeiro.
Gênero: artista, viajante, música.
Espécie: mulher, fruta, legume.
Flexão do substantivo
Por ser uma palavra variável, o substantivo sofre flexões para indicar gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (normal, aumentativo e diminutivo).
Flexão significa as variações, as mudanças que os substantivos podem sofrer, em gênero, número e grau.
Por gênero entende-se que uma palavra pode ter a sua versão masculina e feminina, por exemplo, pai e mãe. Se você tiver um bicho de estimação pode imaginar: cachorro, cadela.
Estes substantivos são chamados biformes, pois têm duas formas, uma masculina e outra feminina, mas possuem apenas um radical (Radical: é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra).
Já as palavras que apresentam as formas masculina e feminina, mas que têm dois radicais, são chamadas de substantivos heterônimos. Ex: cavalo, égua.
Os substantivos uniformes são os que têm só uma forma para ambos os gêneros. Estes recebem denominações especiais:
a. Comuns de dois: apresentam somente um forma, o artigo define o gênero, por exemplo, o estudante, a estudante.
b. Sobrecomum: além de terem apenas uma forma, o artigo é o mesmo para ambos os gêneros, por exemplo, a criança.
c. Epiceno: para distinguir o gênero de certos animais usamos macho e fêmea, por exemplo, a formiga macho, a formiga fêmea.
Os substantivos são classificados ainda da seguinte maneira: concreto, abstrato, próprio, comum, primitivo, derivado, simples, composto e coletivo. Vejamos para que serve cada um deles:
Concretos: referem-se a objetos e seres que existem fisicamente. Ex.:casa, girafa, planeta.
Abstratos: designam o que sentimos, as qualidades, ações, estados e sensações. Ex.:amor, ética, doação, calor.
Próprios: indicam um ser específico. Ex.: Murilo, Ana, São Paulo, Saturno.
Comuns: indicam elementos de uma mesma espécie de forma genérica. Ex.:caneta, rua, cidade, loja.
Primitivos e derivados: enquanto o substantivo primitivo dá origem às palavras, o derivado designa o que foi originado por meio de outra palavra. Ex.: jornal (primitivo) e jornalista (derivado).
Simples: apresentam apenas um radical na sua formação. Ex.:livro.
Compostos: apresentam dois ou mais radicais na sua formação. Ex.: couve-flor.
Coletivos: indica um agrupamento, a multiplicidade de seres de uma mesma espécie. Ex.: alcateia (bando de lobos), século (período de cem anos).
Substantivos uniformes e biformes
Os substantivos biformes são as palavras que se apresentam de uma forma para o masculino e de outra para o feminino. Já os substantivos uniformes possuem forma única tanto para o masculino como para o feminino, e podemos classificá-los como epicenos, os que indicam o gênero por meio da utilização das palavras “macho” e “fêmea”; sobrecomuns, aqueles que têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino; e os comuns de dois gêneros para os que fazem a distinção do substantivo por meio de artigo, adjetivo ou pronome. Esse último apresenta uma só forma para o masculino e para o feminino.
Substantivos biformes
A indicação de nomes, o gênero da palavra está normalmente ligado ao gênero do ser, de modo que haverá uma forma para o masculino e outra para o feminino. Ex.: garoto (substantivo masculino indicando pessoa do gênero masculino), garota (substantivo feminino indicando pessoa do gênero feminino).
Substantivos uniformes
Note que existem substantivos com uma só forma e que servem tanto para indicar o masculino como o feminino. Podem ser classificados como:
* Epicenos: designam alguns animais. Cabe destacar que a indicação do gênero só se dá por meio das palavras “macho” e “fêmea”. Ex.: cobra macho e cobra fêmea.
* Sobrecomuns: são usados para designar pessoas. Têm um só gênero tanto para o masculino como para o feminino. Ex.: criança (masculino ou feminino).
* Comuns de dois gêneros: são substantivos com somente uma só forma, tanto para indicar o masculino quanto o feminino. A distinção será percebida em razão do uso de artigo, adjetivo ou pronome. Ex.: o motorista, a motorista.
Plural dos substantivos simples
Existem várias regras para colocar substantivos no plural. Após a análise de sua terminação, acrescenta-se desinência nominal de número. Confira as principais:
* Vogal: os substantivos simples terminados em vogal recebem o “s”. Ex.: caneta (s).
* Terminados em:
– ão: recebem “aõs”, “ões” ou “ães”. Ex.: cidadão (cidadãos), questão (questões), pão (pães).
– al, el, ol ou ul: troca-se o “l” por “is”. Ex.: portal (portais), papel (papéis). Mas, cuidado, existem exceções: mal (males), cônsul (cônsules).
– il: troca-se por “is”. E.: barril (barris).
Fonte pesquisada: Livro (Português para concursos) – Universo dos Livros. – Autor: Murilo Oliveira de Castro Coelho
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Plural dos Substantivos Compostos
a) Os dois substantivos que formam a palavra serão flexionados, quando formada por:
Substantivo + substantivo: onça-pintada / onças-pintadas.
Substantivo + adjetivo: obra-prima / obras-primas.
Adjetivo + substantivo: má-língua / más-línguas.
Numeral + substantivo: segunda-feira / segundas-feiras.
b) Apenas o segundo elemento será flexionado, quando a palavra for formada por:
Verbo + substantivo: bate-papo / bate-papos.
Palavra invariável + palavra variável: alto-falante / alto-falantes.
Palavras repetidas: quebra-quebra / quebra-quebras.
c) Não serão flexionados os substantivos compostos, quando formados por:
Verbo + advérbio: o bota-fora / os bota-fora.
Verbo + substantivo no plural: o saca-rolhas / os saca-rolhas.
d) Casos especiais:
- Os dois elementos serão flexionados quando forem substantivos, adjetivos ou numerais. Exemplos:
- Água-viva / águas-vivas.
- Aluno-mestre / alunos-mestres.
- Alto-relevo / altos-relevos.
2) Se o substantivo composto tiver como segundo elemento uma palavra que determine a função da anterior, pode ser flexionada somente a segunda ou as duas. Exemplo:
- Licenças-prêmios ou licenças-prêmio.
ADJETIVO
O adjetivo é uma palavra que acompanha um substantivo e serve para caracterizá-lo, já que é por meio dele que uma qualidade, estado ou modo de ser é atribuído ao substantivo. É por meio dos adjetivos que diferenciamos as coisas, tais como uma prova fácil de uma prova difícil. Eles são flexionados em gênero, número e grau:
GÊNERO: Assim como acontece com os substantivos, os adjetivos variam em gênero masculino e feminino, e são classificados como biformes e uniformes:
BIFORME:
Apresentam duas formas: uma forma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino. Essa é a condição da maioria dos adjetivos. Exemplos:
- Discurso bonito – voz bonita
- Exercício completo – tarefa completa
- Papel pequeno – folha pequena
UNIFORMES:
O adjetivo assume o gênero do substantivo, por isso, a formação dos adjetivos femininos é igual à formação dos substantivos femininos. Os adjetivos uniformes são aqueles que apresentam apenas uma forma para os gêneros masculino e feminino. Exemplos:
- Médico gentil – médica gentil
- Aluno inteligente – aluna inteligente
- Vizinho feliz – vizinha feliz
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Classes Gramaticais
A classe gramatical é a forma de classificação da palavra segundo seu significado e função. A gramática tradicional de nossa língua contempla dez classes gramaticais, sendo seis variáveis e quatro invariáveis, isto é, que não se flexionam. As variáveis são substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral e verbo. Já as invariáveis são advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
No dia a dia, as palavras são empregadas nas mais diversas situações de comunicação, contudo, sem necessidade de classificação. Portanto, é sempre bom rever a teoria para melhorar a forma como empregamos as palavras. Vamos estudar as classes gramaticais da Língua Portuguesa, mas, antes, dê uma olhada nos quadros a seguir, para relembrar o significado de cada um:
Substantivo: dá nome a seres, objetos, sentimentos, ideias.
Adjetivo: confere características a substantivos, estejam eles explícitos ou subentendidos na frase.
Artigo: serve para particularizar ou generalizar um substantivo.
Pronome: usado para substituir ou acompanhar outras palavras, além de retomar palavras expressas anteriormente, conferindo coesão ao texto.
Numeral: expressa quantidades.
Verbo: usado para expressar ação, mudança de estado ou fenômeno da natureza, desejo e existência.
Advérbio: empregado para indicar as circunstâncias nas quais se dá uma ação verbal.
Preposição: usado para ligar as palavras, de modo que o sentido da palavra posterior seja complementado pela expressada anteriormente.
Conjunção: estabelece uma relação entre palavras.
Interjeição: reflete emoções, sentimentos, sensações, estados de espírito.
Fonte pesquisada: Livro (Português para concursos) – Universo dos Livros.
Autor: Murilo Oliveira de Castro Coelho
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Dicas para CONCURSOS E VESTIBULARES
1. À rua/ Na rua:
Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem o uso da preposição em.
2. Caiu em/ caiu:
Erro: O lucro caiu em 10%.
Forma correta: O lucro caiu 10%.
Explicação: O verbo cair, assim como aumentar e diminuir, não admite a preposição “em”. E no sentido de descer, ir ao chão, ser demitido, o verbo cair é intransitivo.
3. Daqui/ daqui a:
Erro: Farei o pagamento daqui 5 dias.
Forma correta: Farei o pagamento daqui a 5 dias.
Explicação: o advérbio daqui é usado para indicar lugar ou tempo e pede a preposição a.
4. E nem/ nem:
Erro: O funcionário não sabe escrever e nem ler.
Forma correta: O funcionário não sabe escrever nem ler.
Explicação: A conjunção nem significa “e não”.
5. Entre eu e ele/ entre mim e ele:
Erro: Entre eu e ele não há conversa nem acordo.
Forma correta: Entre mim e ele não há conversa nem acordo.
Explicação: Os pronomes pessoais do caso reto exercem função de sujeito (ou predicativo do sujeito) e não de complemento.
Fonte: Revista Exame (Dicas de Português).
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Outras dicas
- Antártida / Antártica:
Deve-se empregar ANTÁRTIDA quando fazemos referência ao continente. Trata-se, portanto, de um substantivo. A palavra ANTÁRTICA, além de nome de conhecida marca de cerveja, deve ser empregada como adjetivo: região antártica, continente antártico.
- Aquém:
Aquém é advérbio e significa “do lado de cá”. É o antônimo de além. Exemplo:
– O seu desempenho foi decepcionante: ficou muito aquém da expectativa.
Como prefixo, aquém sempre se separa por hífen da palavra que o segue: aquém-mar.
- Arrear/ arriar:
Arrear significa “pôr arreio” e conjuga-se como cear.
Arriar significa “abaixar”, “descer”, “cair” e conjuga-se como copiar.
- Bicampeão:
Não se emprega hífen depois de bi, tri, tetra, penta, etc.
– Neste ano, o tricolor sagrou-se tetracampeão.
- Canapé/ canapê:
Não confunda canapé com canapê.
- Canapé é uma espécie de sofá com costas e braços.
- Canapê é fatia de pão pequeno sobre a qual se coloca condimentos ou pastas, ou salgadinhos que são servidos geralmente em festas. Exemplo:
– Sentado num canapé, ele saboreava um delicioso canapê.
- Cateter:
Palavra oxítona que não recebe acento gráfico. O e da sílaba tônica tem pronúncia aberta: ca-te-ter (é).
Fonte: Livro (1001 – Dúvidas de Português).
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Língua Portuguesa no Cotidiano
1. A Aquele:
Diante de entidades cujo nome é grafado com inicial maiúscula não ocorre crase: Exemplo:
– Agradecemos a Aquele que nos protege.
2. A meu ver:
Atenção: nessa locução não ocorre artigo. Portanto é a meu ver, e não ao meu ver. O mesmo ocorre com as expressões a nosso ver, a teu ver, a seu ver.
3. À vontade:
Nas expressões adverbiais, conjuntivas e prepositivas, formadas por palavras femininas, como à tarde, à noite, à procura, às pressas, às escondidas, à medida que, à proporção que, à exceção de, etc., sempre ocorre o acento
grave.
4. Acaso/caso:
Com a conjunção se, deve-se utilizar acaso. Caso nunca deve vir acompanhado da conjunção se. Exemplos:
– “Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres…” (Chico Buarque)
– Caso me queiras, casarei contigo.
5. Alhures:
Advérbio de lugar. Significa “em outro lugar”, “noutra parte”. Exemplo:
– “Tornou ao piano; era a vez de Mozart, pegou de um trecho, e executou-o do mesmo modo, com a alma alhures.” (Machado de Assis)
Fonte: 1001 Dúvidas de Português.
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PALAVRAS MAL-USADAS NO DIA A DIA:
- Vai sempre a Aparecida “do Norte”.
A sede de romarias, no Estado de São Paulo, é Aparecida, apenas:
– O papa Bento XVI visitou Aparecida.
– Aparecida tem um famoso santuário.
- Vou “consigo”.
Consigo, no Brasil, só tem valor reflexivo:
– Pensou consigo mesmo.
– Disse de si para consigo.
Como consigo não pode substituir “com você”, “com o senhor”, diga:
– Vou com você.
– Vou com o senhor.
- Uma casa “contendo” cinco quartos.
Evite usar contendo no lugar de com:
– Uma casa com cinco quantos.
– Documentos com dados incorretos.
– Reportagens com informações tendenciosas.
- O time “correu atrás” do prejuízo.
Ninguém deve correr atrás de uma coisa negativa. Por isso, um time que está em desvantagem no marcador pode correr atrás do empate, da vitória, da vantagem.
No regime capitalista, a empresa deve até correr atrás do lucro, mas nunca do prejuízo, o que não faz nenhum sentido.
- Pediu “maiores detalhes” sobre o caso.
Não se trata do tamanho, mas da quantidade dos detalhes:
– Pediu mais detalhes sobre o caso.
Da mesma forma:
– Queria mais (em vez de “maiores”) esclarecimentos sobre o assunto.
Problemas recorrentes no cotidiano
- À rua/ Na rua:
Erro: José, residente à rua das Américas, era um cliente fiel.
Forma correta: José, residente na rua das Américas, era um cliente fiel.
Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem o uso da preposição em.
- Auferir/ aferir:
Erro: No fim do expediente, o gestor deve auferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.
Forma correta: No fim do expediente, o gestor deve aferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.
Explicação: Os verbos aferir e auferir têm sentidos distintos. Aferir: conferir de acordo com o estabelecido, avaliar, calcular. Auferir: colher, obter, ter. Exemplo: O projeto auferiu bons resultados.
- Consiste de/ consiste em:
Erro: A seleção consiste de cinco etapas.
Forma correta: A seleção consiste em cinco etapas.
Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento regido da preposição em.
- Debitou na/ debitou à:
Erro: O banco debitou na minha conta a taxa.
Forma correta: O banco debitou à minha conta a taxa.
Explicação: quem debita, debita a.
- E nem/ nem:
Erro: O funcionário não sabe escrever e nem ler.
Forma correta: O funcionário não sabe escrever nem ler.
Explicação: A conjunção nem significa “e não”.
- Guincho/guinchamento:
Erro: Sujeito a guincho.
Forma correta: Sujeito a guinchamento.
Explicação: Guincho é o veículo que faz a ação, isto é, o guinchamento.
- Houveram/houve:
Erro: Houveram rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
Forma correta: Houve rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
Explicação: Haver no sentido de existir não é usado no plural.
- No aguardo/ ao aguardo:
Erro: Fico no aguardo da sua resposta.
Forma correta: Fico ao aguardo da sua resposta.
Explicação: O certo é “ao aguardo de”, “à espera de.
- Penalizado/ punido:
Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.
Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.
Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir.
- Por cento veio/ por cento vieram:
Erro: Entre os funcionários, 15% é contra a mudança de sede.
Forma correta: Entre os funcionários 15% são contra a mudança de sede.
Explicação: Números percentuais exigem concordância.
Fonte: Revista Exame: 100 erros frequentes no mundo corporativo
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Acentuação
Abordando alguns problemas de acentuação recorrentes no cotidiano:
1. Esbanjava “tranqüilidade”.
A letra “U” pronunciável depois de “Q” e “G” e antes de “E” e “I” não exige trema (o sinal foi abolido):
Exemplos:
*Aguentar, ambiguidade, consequência, equino, linguiça, tranquilo
2. Foi de “Itú” para “Jau”.
Palavra oxítona (a sílaba mais forte é a última) terminada em “U” ou “US” tem acento apenas se houver vogal antes do “U”:
Exemplos:
* Foi de Itu para Jaú.
Outros exemplos:
* Botucatu, Crateús, jacus, Mundaú.
3. Não “pode” vir ontem.
Pôde, passado, recebe circunflexo para não se confundir com pode (pronúncia: “póde”):
Exemplo:
* Não pôde vir ontem, mas pode chegar hoje à tarde.
O mesmo ocorre com pôr, verbo (por causa de por, preposição):
Exemplos:
* Vamos pôr tudo em pratos limpos.
* É hora de pôr a mesa.
Fonte: Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa (Eduardo Martins).
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Dicas da Língua Portuguesa
- Acendido/aceso:
Acendido usa-se com os auxiliares ter e haver.
Aceso usa-se com os auxiliares ser e estar.
Exemplos:
– Antes de entrar, tinha (havia) acendido a luz.
– A luz foi (está) acesa com antecedência.
- Aborígene/aborígine:
As duas formas estão certinhas. Você escolhe.
- Acabamento final:
É um pleonasmo vicioso. Basta acabamento.
- Abdome/abdômen:
As duas formas estão corretas. Prefira abdome. Mais simples, não dá chance ao azar. Plural: abdomes, abdomens (sem acento, como hifens e edens), abdômenes.
- Acidente/incidente:
Acidente: fato imprevisto, em geral desastroso (acidente de trânsito, acidente aéreo, acidente que matou 10 pessoas).
Incidente: episódio, atrito, fato de importância menor (incidente diplomático, incidente entre os irmãos).
- Alcorão/Corão:
Livro sagrado dos muçulmanos, aceita as duas grafias. (O al, de Alcorão, é o artigo definido árabe). Tal como a Bíblia, significa livro.
- Alunissar/alunizar:
Pousar suavemente na superfície lunar. Ambas as grafias estão corretas.
Fonte: 1001 Dicas de Português – Manual Descomplicado
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