A HISTÓRIA DO TRABALHO NOS ÚLTIMOS 5.000 ANOS EM TODO O PLANETA

 

CONHEÇA AS DEFINIÇÕES DO TRABALHO NAS DIFERENTES ÉPOCAS

Por: MARINHO CRISTOFOLINI – Jornalista e Professor de Educação Profissional, Especialista em Gestão de Pessoas, Magistério Superior e Treinamento & Desenvolvimento Pessoal e Comportamental

          Antes de se discutir os termos Salário e Renda, Trabalho e Emprego, Experiência e Conhecimento, Empregabilidade e Trabalhabilidade, entre outros, é necessário entender como foram se moldando as formas de trabalho, ao longo dos últimos 5.000 anos em todo o planeta.

IDADE ANTIGA – De 5.000 a 1.500 anos atrás

           Por volta de 3.000 a.C até 476 d.C, a noção de emprego não existia e a relação trabalhista entre as pessoas, configurava-se em Escravizador x Escravo. Nesse período as três civilizações mais influentes, com suas sociedades escravistas foram a Egípcia, a Grega e a Romana, onde todo o trabalho era feito por escravos. Até existiam alguns artesãos, porém estes não tinham um patrão definido, pois seus clientes pagavam por seus serviços, assim como são os profissionais liberais de hoje e portanto, não se pode dizer que o artesão tinha um emprego, mesmo tendo uma profissão.

IDADE MÉDIA – De 1.500 a 600 anos atrás

            Do ano 476 d.C. ao 1.453, da mesma forma ainda não havia a noção de emprego e a relação trabalhista da época era de Senhor x Servo. Os servos eram ligeiramente mais livres do que os escravos, pois já podiam deixar as terras de seu senhor e ir para onde desejassem, desde que não tivessem dívidas com o senhor das terras.

           Na Servidão o servo não trabalhava para receber uma remuneração, mas sim para ter o direito de morar nas terras do seu senhor. Quanto à vínculo de contrato de trabalho, também não era possível existir, pois senhor e servo eram analfabetos.

IDADE MODERNA – De 600 a 200 anos atrás

           Do ano 1.453 até 1.789, iniciou-se uma mudança no comportamento do trabalho. Começaram a existir várias empresas familiares, onde todos os membros das famílias trabalhavam juntos e vendiam seus produtos artesanais nos mercados. Ainda não se pode dizer que havia emprego, pois todos os trabalhadores eram de grupos e empresas familiares.

           Além desses grupos, existiam oficinas de aprendizes, onde estes recebiam moradia e alimentação em troca, mas raramente algum pagamento em dinheiro. Foi nessa época que o conceito de emprego começou a ser esboçado.

IDADE CONTEMPORÂNEA – DE 200 ANOS ATRÁS – ATÉ HOJE

           A partir de 1.789 até os dias atuais, houve uma grande mudança no mundo do trabalho e suas relações trabalhistas, provocadas pela Revolução Industrial, pelo êxodo rural e pela concentração dos meios de produção, pois a maioria da população já não tinha nem ferramentas para trabalhar. Assim, restava às pessoas oferecerem seu trabalho como moeda de troca. Foi em função disso que a noção de emprego tomou sua forma, portanto o conceito de emprego é característico da Idade Contemporânea.

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

            Pode-se perceber que cada um dos períodos históricos comentados, regeu-se e foi marcado por uma organização social, política, econômica e cultural própria de sua época, entretanto, as mudanças que estão ocorrendo, desde a última década do século 20, em função da tecnologia, principalmente nas áreas de computação, robótica, automação, telecomunicações, entre outras, estão modificando as relações econômicas entre empresas, empregados, governos, países, línguas, culturas e sociedades.

TERCEIRO MILÊNIO – A Sociedade da Informação

             A partir do advento do terceiro milênio, a Economia Mundial inseriu-se numa Sociedade de Informação, onde a população vive a Era do Consumo, trazida pelo fenômeno da Globalização Econômica desencadeada na década de 90, que vive momentos tão contundentes, a ponto de se cogitar uma tendência para um novo ciclo, a ser denominado de Pós-Globalização, onde as fronteiras deixarão de ser entre países ou blocos econômicos, para se configurarem numa proporção interplanetária, esboçando uma era de transição da Idade Contemporânea para a Pós-Contemporânea, onde ficam cada vez mais acirradas as relações trabalhistas frente às exigências do Mundo do Trabalho.